Oncologia Ortopédica

Oncologista Ortopédico no RJ e MG


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_Introdução

O que é Oncologia Ortopédica?

A oncologia ortopédica é uma área dentro da ortopedia, voltada ao estudo, diagnóstico e tratamento de tumores, tanto malignos quanto benignos, que acometem ossos, músculos, tendões e cartilagens. 


O oncologista ortopédico é o profissional responsável por diagnosticar e tratar as patologias que atingem estas áreas. Contudo, na maioria dos tratamentos oncológicos, o paciente é atendido por uma equipe multidisciplinar de saúde.

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_Tipos de Tumores

Tumores Benignos

  • Tumores formadores de osso

    Osteoma Osteóide

    O osteoma osteoide é um tipo de tumor ósseo primário benigno, que acomete com mais frequência em jovens do sexo masculino. O tratamento mais clássico é a excisão cirúrgica ou rádio ablação.


    Osteoblastoma

    Tumor benigno primário, que se desenvolve nos ossos, com maior frequência na coluna vertebral. O tratamento do osteoblastoma também costuma ser cirúrgico. 

  • Tumores formadores de cartilagem

    Osteocondroma

    Tumor ósseo benigno mais frequente, coberto de cartilagem e que ocorre na extremidade dos ossos. Esse tipo de câncer afeta com mais frequência os ossos longos da perna, pelve e escápula, mas também é possível que ocorra em outra região do corpo. O tratamento pode ser realizado com acompanhamento ambulatorial sem necessidade de cirurgia ou a partir da realização do procedimento cirúrgico para remoção do tumor.


    Encondroma

    Tumor benigno coberto por cartilagem, com incidência em ossos das mãos e pés (falanges, metacarpos e metatarsos). Um dos tratamentos mais comuns é a ressecção intralesional através da curetagem do tumor.


    Lesões Císticas

    As lesões císticas são formadas por cápsulas fechadas, assemelhando-se a sacos, preenchidas por material líquido, semissólido ou gasoso. A maioria costuma ser benigna, no entanto, algumas podem se formar no interior de tumores, sendo cancerosas. 


    Cisto ósseo Simples

    Lesão não-neoplásica que pode acometer várias regiões do corpo, sendo o úmero proximal (ombro), fêmur proximal (quadril) e calcanhar os locais mais comuns. O tratamento varia desde aspiração e infiltração com corticóide, curetagem, enxerto da lesão até fixação com materiais de síntese.


    Cisto ósseo aneurismático

    Lesão hipervascularizada, benigna e de crescimento progressivo. Acomete em grande parte ossos longos e vértebras. O tratamento costuma ser cirúrgico.


    Tumor de Células Gigantes -TCG

    O TCG é uma das neoplasias ósseas primárias mais comuns, quase sempre benigna. Os joelhos costumam ser as áreas mais afetadas. O tratamento comumente indicado é a ressecção segmentar da lesão.


    Displasia Fibrosa

    Osteopatia benigna, de origem congênita não hereditária, caracterizada pela substituição do osso normal por tecido fibroso. Crianças e adolescentes são os pacientes mais afetados por essa condição e o  tratamento mais comum é a cirurgia. 


  • Tratamentos

    Acompanhamento ambulatorial 

    Alguns casos de câncer ósseo não necessitam de cirurgia. No entanto, o acompanhamento ambulatorial é fundamental para buscar qualidade de vida e melhora dos sintomas. Pode haver ou não a necessidade do uso de medicamentos, sendo o acompanhamento ambulatorial suficiente para monitoramento da doença.


    Ressecção do tumor

    Procedimento cirúrgico que consiste na remoção de tumores benignos ou malignos. Pode ser aplicada anestesia local ou geral, dependendo do caso. Após o procedimento, o osso pode ser reconstruído com um enxerto ósseo ou uma prótese.


    Curetagem e enxerto da lesão 

    Neste procedimento, ocorre a raspagem do tumor ósseo, com o objetivo de retirá-lo.  Devido ao espaço “vazio” que fica no osso restante, é realizado o enxerto,  com partes ósseas de outros locais do corpo. Encondroma, cisto ósseo simples, cisto ósseo aneurismático e TCG costumam receber este tratamento. 


    Fixação cirúrgica

    Fixação de materiais metálicos, como placas, pinos e parafusos nos ossos, deixando-os em posição favorável para a cicatrização após a ressecção. 


    Infiltração da lesão

    Injeção de medicamentos no tecido com o objetivo de tratar a lesão. Cistos ósseos simples e cistos ósseos aneurismáticos costumam receber este tratamento.


    Ressecção do tumor associada à reconstrução com endopróteses não-convencionais

    Após a ressecção do tumor, pode-se utilizar as endopróteses não convencionais, que são  confeccionadas especialmente para preenchimento da falha óssea. Esta combinação pode ser usada no tratamento do TCG, por exemplo.


    Ablação por radiofrequência guiado por Tomografia computadorizada

    Inserção de sonda com uma corrente de alta frequência no tumor ósseo, de modo a aquecê-lo, a fim de destruir as células cancerígenas. Tratamento frequentemente aplicado em casos de osteoma osteóide.

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_Tipos de Tumores

Tumores Malignos

  • Tumores Malignos

    Osteossarcoma

    Tumor ósseo maligno com alto índice de crescimento e metástase. Costuma acometer principalmente adolescentes e jovens adultos, afetando os ossos longos, geralmente próximos aos joelhos. Contudo, os ossos da face, esqueleto axial e pelve também podem ser atingidos. O tratamento pode combinar quimioterapia pré-operatória, cirurgia e quimioterapia pós-operatória.


    Condrossarcoma

    Considerado o segundo tipo de tumor ósseo maligno primário mais comum, o condrossarcoma é de evolução clínica lenta e frequentemente afeta os ossos das cinturas pélvica e escapular, além dos ossos longos, principalmente, fêmur e úmero. O tratamento é essencialmente cirúrgico, por ressecção. 


    Sarcoma de Ewing

    Tumor ósseo maligno que pode acometer tanto os ossos, como partes moles em volta deles nas extremidades inferiores, pelve, parede torácica, extremidade superior, coluna, mão, crânio, cabeça e pescoço. Crianças, adolescentes e jovens adultos são os mais afetados.


    O tratamento costuma ser por poliquimioterapia intensiva, por ressecção cirúrgica do tumor associada ou não à radioterapia. Em alguns casos o tratamento pode envolver quimioterapia e radioterapia.


    Mieloma

    Câncer que acomete as células plasmáticas, ou seja, os glóbulos brancos da medula óssea. Pode afetar os ossos, o sistema imunológico, os rins e a contagem de glóbulos vermelhos. O tratamento pode incluir medicamentos, quimioterapia, corticosteróides, radioterapia e até transplante de células-tronco.


    Metástase Óssea 

    A metástase óssea ocorre quando as células cancerosas, que originaram-se em outras partes do corpo, como pulmões, mamas, próstata ou rins, migram para os ossos através da corrente sanguínea ou dos vasos linfáticos. 


  • Tratamentos

    Quimioterapia

    Tratamento à base de medicamentos aplicados via corrente sanguínea, com o objetivo de  destruir as células cancerosas, formadoras dos tumores malignos, bem como impedir que se espalhem para outras partes do corpo. 


    A quimioterapia não é indicada para os tipos de câncer ósseo com tumores de células gigantes, como cordomas e condrossarcomas, sendo eficaz para o tratamento do tumor de Ewing e do osteossarcoma.


    Radioterapia

    Tratamento à base de radiações ionizantes, como o raio X, a fim de destruir um tumor ou impedir o aumento das suas células. Geralmente, a radioterapia é combinada com outros tratamentos, como a quimioterapia. Exceto pelo tumor de Ewing, a radioterapia não costuma ser indicada para a maioria dos tumores ósseos, pelo risco de danificar estruturas saudáveis, ​​como os nervos.


    Ressecção do tumor + reconstrução com endopróteses não convencionais

    A ressecção consiste na remoção dos tumores benignos e, após este tratamento, pode-se utilizar as endopróteses não convencionais, que são confeccionadas especialmente para preenchimento da falha óssea. Esta combinação pode ser usada no tratamento do TCG, por exemplo.


    Ressecção do tumor +  reconstrução com transplante ósseo

    Após a ressecção, em alguns casos de tumores malignos, como o osteossarcoma, o transplante ósseo pode ser recomendado. Antes do processo de implantação, o osso doado passa por um tratamento de remoção do sangue e células do doador, o que evita possíveis reações imunológicas de rejeição.


    Fixação profilática de fraturas

    Tratamento bastante utilizado nos casos de metástases ósseas e mielomas, a fixação profilática de fraturas, consiste em fixar materiais metálicos, como placas, pinos e parafusos nos ossos, deixando-os em posição favorável para a cicatrização, permitindo o alívio da dor.


    Próteses

    As próteses são indicadas nos casos de amputação de membros, devido a alguns tipos de tumores malignos nos ossos, como mieloma e também nas metástases. A protetização devolve ao paciente a capacidade de executar determinados movimentos e auxilia na melhora da qualidade de vida. 


    Amputações

    Alguns tumores ósseos malignos, como o osteossarcoma, são resistentes à radio e quimioterapia. Dessa forma, quando realizada a ressecção, em raros casos, a amputação pode ser a alternativa para salvar a vida do paciente. 

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_Saiba mais sobre

Sarcoma de Partes Moles

É o nome dado ao tipo de câncer que se desenvolve a partir dos tecidos musculares, fibrosos mais profundos da pele, gordura, nervos e vasos sanguíneos.


Os sarcomas podem ser encontrados em diversas partes do corpo, como órgãos internos e no retroperitônio (área em volta da cavidade abdominal), mas com frequência maior nos braços, pernas e, em casos raros, no tórax, cabeça e pescoço.


Além da presença do caroço, com o passar do tempo, pode-se sentir dor abdominal,  coloração escura ou presença de sangue nas fezes ou urina, vômitos e náuseas. O diagnóstico geralmente é realizado através dos exames de  imagem, como ultrassonografia, tomografia, raio X e ressonância magnética, com complemento da biópsia.


O tratamento varia conforme os estágios do tumor e a condição de saúde do paciente. Geralmente são realizadas a cirurgia, quimioterapia e radioterapia. Em casos mais graves, a amputação pode ser considerada.

  • Ressecção Cirurgia

    A ressecção cirúrgica para sarcomas de partes moles busca remover o tumor, bem como retirar de 1 a 2 cm do tecido saudável adjacente, como margem de segurança, tendo o objetivo de evitar que restem células cancerígenas.

  • Quimioterapia

    Nos estágios I,II e III deste tipo de sarcoma, a quimioterapia aliada à radioterapia, costuma ser aplicada antes da cirurgia, com objetivo de reduzir o tamanho do tumor e facilitar a sua remoção. Já no estágio IV, casos de metástase e recidivas, a quimioterapia é utilizada a fim de aliviar os sintomas e tratar os tumores que não foram removidos por completo cirurgicamente. 

  • Radioterapia

    A radioterapia pode ser indicada para os sarcomas de partes moles de estágio I após a cirurgia, a fim de destruir células doentes que ficaram remanescentes e evitar o reaparecimento deste câncer. 


    Já nos estágios II, III e IV, a radioterapia é aplicada antes e depois da cirurgia, uma vez que os tumores são maiores e podem estar em locais de difícil acesso. 

A woman with cancer is wearing a head scarf and a striped shirt.

_Sobre mim

Dr. Rafael Tinoco

Ortopedia e Oncologia Ortopédica

CRM-RJ: 52-103491-0

Ortopedista e Oncologista ortopédico formado em Medicina pela Universidade Estácio de Sá (UNESA). Além disso, realizou estudos em instituições renomadas, como Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (IOT-HC FMUSP), em que fez o aperfeiçoamento em Oncologia ortopédica, e Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP).


Realizou a residência médica em Ortopedia e Traumatologia no Hospital Miguel Couto, hospital de referência nesta área no Estado do Rio de Janeiro.


Além disso, possui especialização em Aplicações Complementares às Ciências Militares e Formação de Oficial Médico Militar pela Escola de Saúde do Exército -EsSEX.

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