O que é oncologia ortopédica?

Para muitos pacientes, a oncologia ortopédica é um tema desconhecido e pouco discutido. Afinal, tumores ósseos são raros e nem sempre são abordados fora da área médica. No entanto, compreender o que é oncologia ortopédica e suas vertentes é fundamental para aqueles que enfrentam essa condição.

Neste artigo, vamos trazer informações essenciais sobre oncologia ortopédica e como ela pode ser importante no tratamento de câncer ósseo. Entendendo mais sobre essa área da medicina, você poderá ter mais clareza sobre seu diagnóstico e tratamento, além de estar mais bem preparado para tomar decisões junto ao seu médico. 

Vamos juntos desmistificar esse tema? Acompanhe!

O que é oncologia ortopédica?

A ortopedia oncológica é a área da medicina focada em diagnosticar e tratar tumores nas regiões ósseas, tendões, músculos e cartilagens. Além disso, outro campo de atuação da especialidade é verificar o processo de neoplasia do tumor para demais partes do organismo. 

Por fim, profissionais dessa área também tratam todas as lesões da parte esquelética do corpo humano.

Quais são os tipos de tumores tratados?

Os tumores examinados pela oncologia ortopédica são subdivididos em dois grupos: os malignos e os benignos. Abaixo, vamos destacar as diferenças de cada um. Confira!

Tumores ósseos malignos 

Eles são os considerados cancerígenos, podendo se alastrar por outras partes do organismo. Inclusive, as metástases ósseas são tidas como os quadros mais recorrentes deste tipo de condição. 

Fora essa questão, dentre os tumores ósseos malignos mais com maior incidência, podemos citar:

• Osteossarcoma: Um tumor ósseo maligno comum no período infanto juvenil. Afetando os ossos longos, geralmente próximos aos joelhos, podendo atingir outras regiões também.
• Sarcoma de Ewing: Outro caso recorrente na fase infanto juvenil, podendo atingir também jovens adultos. Neste tipo, pode acometer tanto os ossos, como partes moles em volta deles nas extremidades inferiores, pelve, parede torácica, extremidade superior, coluna, mão, crânio, cabeça e pescoço.
• Condrossarcoma: Por fim, esse caso é o segundo tumor ósseo maligno primário mais comum, com evolução clínica lenta. Acomete principalmente adultos, afetando ossos do braço, coxa, bacia e cintura pélvica e escapular.
• Mieloma: É uma forma de câncer que se origina das células plasmáticas, componentes brancos da medula óssea. Este câncer pode ter impacto nos ossos, no sistema imunológico, nos rins e na quantidade de glóbulos vermelhos.

Tumores ósseos benignos

Já os tumores benignos não apresentam características cancerígenas, no entanto, podem se desenvolver e afetar a estrutura do esqueleto. 

Os quadros mais comuns para esse tipo são: 

• Osteocondroma: tipo mais comum de tumor ósseo benigno que frequentemente aparece durante o desenvolvimento esquelético. Ele é revestido por cartilagem e se forma principalmente em ossos longos, como o fêmur (coxa), tíbia (perna), úmero (braço) e na pelve.
• Cisto ósseo aneurismático: originário das células ósseas, caracteriza-se por criar uma estrutura sacular preenchida com sangue. Comum em ossos longos, como fêmur e tíbia, seus principais sintomas são dor e inchaço;
• Tumor de células gigantes: mais frequentes em adultos jovens. São agressivos local e acomete as extremidades dos ossos longos das pernas e braços;
• Encondroma: geralmente se forma nos ossos das mãos e pés, podendo surgir também em ossos longos. Composto por cartilagem, afeta comumente adultos entre 20 a 50 anos, de ambos os sexos.

Leia também: Encondroma e Osteocondroma: entenda as diferenças

Como é realizado o diagnóstico de tumores ósseos?

O diagnóstico adequado dos tumores ósseos deve ser feito por um especialista em oncologia ortopédica. Esse profissional irá verificar os sintomas e fazer um exame clínico para checar a condição.

Dependendo dos resultados, do quadro clínico e histórico do paciente, ele poderá solicitar alguns exames para confirmar ou descartar a hipótese de tumor, como: 

• Cintilografia Óssea;
• Raio X;
• Ressonância magnética;
• Tomografia computadorizada.

Também existe a possibilidade do médico indicar a realização de uma biópsia, que irá colher uma pequena amostra do tecido atingido. Por meio desse exame, ele saberá com mais precisão as características específicas do quadro em si, se ele é benigno ou maligno, qual o seu grau, etc. 

Conclusão 

Mesmo sabendo o que é oncologia ortopédica, nada substitui uma consulta com especialista na área. Somente esse profissional poderá te guiar de maneira segura e eficiente até a recuperação da condição. 

Além disso, o médico também terá uma visão individualizada do seu caso. Considerando que cada pessoa conta com suas características específicas, é fundamental que o acompanhamento seja feito considerando as particularidades de cada quadro. 

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